
Quando Tom S. Englund noticiou o 11º álbum do Evergrey, logo criou-se uma grande e boa expectativa em torno do que seria o The Atlantic. Afinal, após anos turbulentos, mudanças na formação e álbuns com pouco apelo, os suecos de Gotemburgo vinham de dois excelentes discos: Hymns for the Broken (2014) e The Storm Within (2016). E a boa notícia é que The Atlantic vai além das expectativas!
Nesse álbum, Englund conclui a jornada oceânica, que começou em Hymns for the Broken, a qual traz muitos aspectos pessoais enfrentados pelo compositor.
A primeira faixa, Silent Arc, é a mais pesada do disco e já dar uma amostra do que vem pela frente. Já aqui podemos notar Tom S. Englund dando uma aula de interpretação, passando muita emoção a todo momento.
A radiofônica Weightless é a mais direta, com um refrão grudento, lembrando Monday Morning Apocalypse. Um detalhe que chama atenção é o fato de os teclados de Rikard Zander estarem bastante presentes em todas as faixas, com climas bem sombrios e de fácil memorização
Então vem a arrastada e All I Have, que na minha opinião é a melhor de The Atlantic. E é em All I Have que escutamos um dos solos mais bonitos da carreira da banda, que deixaria Paul Gilmour feliz. Particularmente, gosto muito do Henrik Danhage, um baita guitarrista criativo. Ele e Jonas Ekdahl (bateria) fazem muito bem a banda.
A Secrets Atlantis, The Tidal, End of Silence e Currents seguem a linha de The Storm Within, com a banda caprichando no peso e nos solos. Departure é outro ponto forte do disco, mostrando linhas de baixo de Johann Niemam e teclados sensacionais. E mais um refrão que vai grudar na cabeça.
The Beacon é tipicamente Evergrey. Aqui poderiam encaixar uma partição de Carina Englund, esposa de Tom, cantando algumas partes como tem sido comum na carreira da banda, mas o que não aconteceu dessa vez. This Ocean encerra o álbum como muito peso e uma pegada power metal típica da banda.
The Atlantic tem obtido boas críticas e empolgado os fãs. É, sem dúvidas, um álbum marcados por grandes atuações individuais. Se em The Hymns for the Broken muitos fãs soltaram um “ Oh, o Campeão voltou”, em The Atlantic, a taça foi erguida.
Discaço sensacional!
“The Storm Within” ainda é meu favorito de ponta a ponta, mas esse “The Atlantic” tá muito bom também.
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